Matrix é uma representação intrigante da condição humana e da alienação contemporânea. Ao apresentar várias miniaturas de pessoas encapsuladas em pequenas cápsulas, ela evoca imediatamente a icônica cena do filme "Matrix", onde os seres humanos são mantidos em um estado de sono artificial, desconectados da realidade em "compartimentos".
 
A referência ao filme não é apenas estética, mas também conceitual, pois sugere que muitos de nós, de alguma forma, estamos presos em uma realidade moldada por vícios e dependências, seja em relação a medicamentos, tecnologia ou padrões de consumo. Essa obra desafia o espectador a refletir sobre as escolhas que fazemos e as cápsulas "invisíveis" que podem nos aprisionar, questionando se estamos realmente vivendo uma vida autêntica ou se estamos presos em nossa própria versão de "Matrix".​
 
Ao explorar o tema do vício em medicamentos, a obra também lança luz sobre uma questão contemporânea relevante. As cápsulas representam não apenas a alienação, mas também a busca desesperada por soluções rápidas para nossos problemas emocionais e físicos, muitas vezes por meio do uso indiscriminado de substâncias. O espectador é confrontado com a dualidade de estar "dentro" e "fora" das cápsulas, refletindo sobre como o vício pode tanto proporcionar alívio temporário quanto aprisionar.
 
Assim, Matrix nos convida a examinar nossa própria relação com as cápsulas invisíveis que nos cercam, seja na forma de pílulas ou na forma de sistemas de controle social, e a considerar o que é necessário para romper essas barreiras e encontrar uma verdadeira liberdade.