Em um suave tom de rosa, a Metralhadora Paz parece mais adequada a um univero de moda e glamour do que a um campo de batalha. A escolha do rosa, uma cor tradicionalmente associada à feminilidade e à delicadeza, funciona como um contraponto extremamente provocativo à própria natureza da arma.
 
Essa peça subverte as expectativas do espectador ao confrontá-lo com um objeto de violência clássico transformado em ícone de cultura pop, desafiando a normalização da violência armada em nossa sociedade contemporânea. Ao mesmo tempo em que parece atrair com sua estética "girly", a obra critica profundamente o uso de armas e a normalização da violência.​
 
A Metralhadora Paz, nesse contexto, atua como um espelho crítico, incitando uma reflexão sobre a cultura de armas e sua influência na sociedade. Ela lembra que a violência não é exclusiva de ambientes hostis, mas também pode se infiltrar em aspectos mais sutis de nossas vidas.
 
Ao adotar a estética feminina e glamurosa, a obra provoca uma desconfortável dissonância que nos força a confrontar as implicações da violência em nossa cultura, questionando a normalização e a trivialização dessa questão séria.